Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O boletim com os dados atualizados do surto de toxoplasmose em Santa Maria, que passou a ser divulgado apenas uma vez por semana, não foi apresentado nessa sexta-feira, conforme prometido pelas autoridades em saúde de Santa Maria e do Estado. Até o fechamento desta edição, apenas a informação sobre o número de bairros com casos confirmados da doença, foi liberada.
Santa Maria tem 460 casos e surto de toxoplasmose já pode ser o maior do mundo
O último boletim, divulgado no dia 18 de maio, apontava 352 casos confirmados, dos quais 27 gestantes, pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS). Segundo o documento, o município contabilizava, até aquele dia, 1.011 casos notificados. Desse número, 665 eram suspeitos.
MEDICAMENTOS
O Ministério Público Federal (MPF) em Santa Maria expediu, na sexta-feira, uma recomendação para a Secretaria de Vigilância Sanitária e para a Diretoria de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde para que seja providenciado o fornecimento de medicamentos necessários para o tratamento dos pacientes afetados pelo surto de toxoplasmose no município. A medida abrange, inclusive, o atendimento aos pacientes pediátricos. O MPF também recomenda o acompanhamento da demanda da medicação para evitar sua falta no Sistema Único de Saúde (SUS).
O documento também aponta a adoção de medidas necessárias, em conjunto com o Estado do Rio Grande do Sul e o município de Santa Maria, para o controle do surto atual e a condução da investigação sobre a origem da epidemia de toxoplasmose, inclusive por meio de de auxílio financeiro, de pessoal e de material.
Cópias da recomendação do MPF também foram encaminhadas ao poder judiciário federal e estadual em Santa Maria, aos representantes das Forças Armadas, à Universidade Federal de Santa Maria, à Receita Federal, à Polícia Federal, à Câmara de Vereadores de Santa Maria, à Assembleia Legislativa do RS, à Defensoria Pública do Estado e da União, à Advocacia da União, à Procuradoria Federal Especializada e outros órgãos com atuação em Santa Maria. Esse envio foi feito, segundo o Ministério Público Federal, por se considerar a relevância e a gravidade do tema de saúde pública que afeta todos os setores da cidade.